A primeira vez que ouvi falar no mundo, ele não fazia nenhum sentido pra mim, não me interessava, nem seu começo, muito menos seu fim.
Mas, em uma noite qualquer, levantei-me da cama, enrolada em meu lençol, fui até a janela e observei o céu pela primeira vez, a visão era periférica, me assustava, havia uma luz apavorante, não me recordo do que se tratava, talvez fosse a minha percepção, que passou a meditar, depois daquela noite.
Fechei a janela, sentei-me na escrivaninha e comecei a pensar, quem era o meu mundo? Meu namorado ( na época, ele ainda era meu namorado), meus amigos ou minha família, como escolher só um mundo, para quem tem um universo inteiro.
Passou-se muito tempo, aprendi tantas coisas, entre as quais, o suposto sentido do meu mundo, não duvido de que ele tenha algum sentido.
Deve ter mesmo, muitos, diversos sentidos, pois em meu redor, as pessoas mais ilustres, fazem algum sentido, no mundo peculiar, de cada um.
Dizem que o mundo termina no ano próximo, seria bom, se acabasse para ver se o verdadeiro sentido, valeu apena.
Se valeu apena alguns trabalhassem tanto e outros tão pouco, por que fomos tão sinceros, outros tão hipócritas, por que pensamos tanto em nós ou só nos outros.
Por que uns fazem votos de pobreza e outros assaltam cofres públicos. Por que mentimos tanto, com palavras júdiosas.
Isto saberemos e muito mais do que se cabe neste magnifico perfil.
Se o fim do mundo for mesmo no ano próximo, convém pensarmos desde já, se utilizamos este dom de viver, de uma maneira mais digna.
